LÉKELÉKE
LÉKELÉKE pena de cor branca, extraída da ave Bubulcus ibis conhecida popularmente por garça-vaqueira ou garça-boieira, nativa da África e do Sul da Europa, que invadiu a América do Norte no início do Século XX e atingiu o Brasil na década de1960. Descritos nos mitos como o pássaro que carregava a boa sorte e a riqueza para Òrìsà Nla e toda a sua corte. Simbolo por excelência de todos os Òrìsà Funfun.
Unidade
Imagens ilustrativas
Lekeleke - Pena Branca - Unidade
R$9,50 Preço normal
R$8,08Preço promocional
ÌYÉ ORÒ - AS PENAS SAGRADAS
ÌYÉ ORÒÌkódíde, Agbè, àlùkò e Lékeléke são as quatros penas sagradas de nossa religião, somente sendo utilizadas dentro da ritualística e nunca como um simples adorno. Elementos primordiais e indispensáveis dentro dos Ìgbèrè – Ritos Iniciáticos e de Passagens de qualquer divindade do Panteão Yorùbá. Não existem penas semelhantes, são únicas em suas essências simbologia e significado, ou seja, são insubstituíveis. Dentro do Corpo Literário de Ìfá, são mencionadas nos mais diversos Oba Odù e seus Omo Odù.(Ìkódíde)
Ìkódíde,Kódíde ou Ìkóóde trata-se de uma pena vermelha, extraída da cauda de um tipo de papagaio africano,conhecido popularmente por papagaio-cinzento, papagaio do Gabão ou papagaio do congo entre o povo Yorùbá. É denominado de Odíde ou Odíderé ,Tornou-se Rei entre todas as aves, símbolo da fecundação, da menstruação, da gestação, representa o nascimento e o símbolo do poder feminino.Representação da realeza, honra e status, esta acima da simbologia do Adé – Coroa. Fixado a frente da cabeça, representa o processo iniciático e confirma os ritos de iniciação.Agbè pena azul extraída da cauda da ave africana. Descritos nos mitos, como o pássaro que carregava a boa sorte e a riqueza para Olóòkun, Divindade dos Oceanos. Para que possa agir tem que ser utilizada em contrapartida com o Àlùkò.Àlùkò pena de cor púrpura (entre escarlate e violeta) extraída das asas da ave africana Turaco. Descritos nos mitos, como o pássaro que carregava a boa sorte e a riqueza para Òlòsà – A Divindade das Águas Doces. Da mesma forma que sua contrapartida, somente age em companhia do Agbè.(garça) Lékeléke pena de cor branca, extraída da ave garça-vaqueira ou garça-boieira, nativa da África e do Sul da Europa, que invadiu a América do Norte no início do Século XX e atingiu o Brasil na década de1960. Descritos nos mitos como o pássaro que carregava a boa sorte e a riqueza. Símbolo por excelência de todos os Òrìsà Funfun.
Um fragmento do Texto Sagrado de Ìfá:
Agbè ni i gbe're k'Olóòkun, Àlùkò ni i gbe're k'Olòsa, Odíderé-Moba-Odo Omo Agbegbaaje-ka ni naa ni i gbe're k'Oluwoo.O pássaro Agbè carrega a benção de Olóòkun .O pássaro Àlùkò carrega a benção de Òlòsà. O papagaio do Rio Mogba, descendência de um poderoso exército carrega uma cabaça com a fortuna para o Rei de Iwó.
Os pássaros Agbè e Àkùkò são agentes intermediários entre o poder da imensidão das águas. Oluwoo é um título do Rei de Iwó a Legendária Cidade, reduto da ave Odíderé.Ojúure l'Agbè fi í w'aró Agbè won jí t'aró t'aró Ojúure l'Àlùkò fi í w'osùn Àlùkò won jí t'osùn t'osùn Ojúure l'Lékeléke fi í w'efun Lékeléke won jí re pel'efunO pássaro Agbè desperta com aro. O pássaro Agbè olha com bondade para aro. O pássaro Àlùkò desperta com osùn. O pássaro Àlùkò olha com bondade para osùn O pássaro Lékeléke desperta com efun
O pássaro Lékeléke olha com bondade para efun.Agbe ló l’aró, kìí rá’hùn aro Àlùkò ló l’osùn, kìí rá’hùn osùn Lékèélékèé ló l’efun, kìí rá’hùn efun .O pássaro Agbè não se lamenta por muito tempo ao aró
O pássaro Àlùkò não se lamenta por muito tempo ao osùn
O pássaro Lékèélékèé não se lamenta por muito tempo ao efun.
Neste fragmento dos Textos Sagrados de Ìfá relata a ligação das aves
Agbè, Àlùkò e Lékeléke com as pinturas sagradas aró, osùn e efun. Essa expressão “despertar” tem a conotação de “ao amanhecer de cada dia” as aves sagradas carregam em si o poder e a essência de três dos quatros Oba Odù primordiais da existência universal; Ogbè Méjì relacionado com o efun, Òyèkú Méjì e sua relação com o osùn e ligação de Ìwòri Méjì com o aró. O fato de não se “lamentar por muito tempo” está baseado em uma oferenda cujo quais os principais ingredientes são as penas e as pinturas citadas.Ojúure lògbólógbòó Odíderé fi í w'Iwó Ìkódíde àse kun be aràiyé.O grande e velho papagaio olha com bondade para Iwó. O poder da pena Ìkódíde enche de suplicas os seres deste mundo.A PENA DO ÌKÓDÍDEExistia numa aldeia uma sociedade só de mulheres virgens. Essas mulheres eram compradas por homens de posse só para casar com reis e príncipes, e elas passavam por ensinamento das anciãs. Existia, nesta aldeia, uma mocinha muito pobre e feia. Seu pai vivia muito triste e, um dia,disse:
- Eu sei que nunca vou achar um comprador para você, Por isso vou te levar eu mesmo para o ensinamento das anciãs. A menina ficou muito triste, chorou e foi deitar. Então, chegou uma mulher muito bonita à sua cama, com uma cuia tampada na mão, e disse: Olhe, amanhã é dia dos compradores virem. Eles vêm trazendo um príncipe para ele mesmo escolher uma mulher. Tem aqui osùn, waji, obi e Ìkódíde. Você come o obi e o resto passa no corpo. A pena de Ìkódíde você coloca na testa como enfeite. Fique na janela, porém não diga nada a seu pai, pois ele vai para a roça e não deve saber. A mulher entregou-lhe a cuia e a mocinha tornou a pegar no sono. De manhã, deixou o pai sair e fez tudo como a mulher mandou. Atou a pena na testa com uma iko, uma palha da costa. Neste momento, vinha passando uma caravana com o príncipe. Ele olhou para a janela e, vendo a mocinha, ficou encantado.
-Que coisa linda! Será que é o que estou vendo? Chegou perto da janela:
-Minha iyaô! Minha noiva! Todos ficaram boquiabertos e ajoelharam-se em frente à janela, admirados com tanta beleza e com a luz que emanava da bela donzela. O pai da menina veio chegando e o príncipe fez a oferta de casamento. Até o pai ficou admirado com tanta beleza. O casamento foi no outro dia e, quando ela foi dormir, sonhou que outra vez chegava junto à sua cama à mulher, que lhe dizia: Olha, eu sou Òsún. Você é minha filha! – e sumiu. E a menina tornou-se princesa.Asé.fonte: http://poder-das-ervas.blogspot.com.br/2012/09/iye-oro-as-penas-sagradas.html