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QUEM É ORISÀ?


Quando mencionamos os “Orisàs ou Orixás”, precisamos ter a compreensão que apesar dos Itans de Ifá, que são os contos da mitologia iorubá.

Os Orisás não são humanos, mas as grandes forças universais da natureza que passaram por um processo cultural de humanização, para que a mente humana fosse capaz de uma compreensão ainda que muito pequena, desses mistérios. Quando você se apega demais em uma determinada lenda, que conta sobre a personalidade “humana” e fatos da “vida” cotidiana de um Orisà. Nos encontramos fragmentados entre vários relatos orais sobre, reis, rainhas, outros seres humanos, rios e forças da natureza.

Foram homens e mulheres que viveram em tempos muito remotos da história, a maioria perdida em diversificadas lendas iorubás.

Quando você humaniza demais um Orisà, fica cada vez mais distante de compreender o que eles são de verdade.

A maioria dos itans (lendas) são mais para compreendermos a relação de sua atuação na natureza e a sua interação na vida humana.

Haja visto as vastas discussões… meu Orisà e assim, só veste isto, gosta daquilo, tem quizila do que se come, ou do outro Orisá.

Todos nós possuímos em nossos corpos todos os Orisàs.

E eles não estão brigando dentro de nós. Mas possuímos mesmo a todos? Sim, todos! São os elementos divinizados da natureza em nós. Exemplo; água salgada e doce, Iemanjá e Oxum. Se temos ferro no nosso sangue, temos Ogum. Os nosso ossos, são Omolu/Obaluaye.

Os elementos minerais encontrado na terra nas pedras, estão em nosso corpo, temos Xangô. Todos os elementos alquimicos que são dominados ou representados pelos Orisàs estão em nós.

Somos o todo com eles e eles conosco. Eles já fazem parte de nosso corpo físico e espiritual antes mesmo de nossa geração no ventre materno.

Esù, habita em todos nós, é o nosso juiz interior, o guardião da nossa consciência, juiz e executor das leis.

Ele é o grande abismo o grande nada de onde tudo foi gerado.

Da grande massa de energia existente no núcleo do universo onde, houve a grande explosão, a grande iluminação. O fogo vermelho, o calor gerador do universo se expandiu no negro, na escuridão e iluminou o grande vazio. O negro ou preto, foram as primeiras cores geradas, por esse motivo os “Baras” são representados nestas duas cores. Do seu encontro nasceu a incandescência branca da iluminação. As cores vermelho e preto, geraram a luminescência branca. Que foi o caminho e a cor dos outros Orisàs gerados, os brancos ou “Fun Funs”. Essas forças desceram a terra para lhe dar forma e seus corpos elementais formaram a Terra, as criaturas e os homens.

De outros planos desceram e ascenderam os seres espirituais.

Esù/Bara, e neutro, nem bom, nem mau. Elemento controlador do equilíbrio. Assim como nos processos da natureza, não são bons ou maus. Apenas trabalham a dualidade destas forças. Os homens precisam ter bom entendimento de seus Odus (Destinos) , e fé para poderem se guiar entre eles.

O que nomeamos deuses, Orisàs, são em um entendimento maior, as grandes consciências vivas de matéria e energia.

Energias essas, incompreensíveis para os padrões da mente humana . Orisà é bem mais que qualquer “itam” ou história humanizada possa nos contar.

Orisàs são mistérios que levarão ainda milhares de anos para que a humanidade possa compreende-los mais um pouco.

Estão bem além da vaidade humana, sabendo de nossa pequenez no universo, onde somos apenas um ponto dentro de uma pequena galáxia, que esta orbitando na periferia de outras duzentas bilhões de galáxias. Que não sejamos orgulhosos, vaidosos e egoístas, em relação aos Orisàs. Pois não somos mais que ínfimas faiscas de seus gloriosos reflexos.

Orisàs não são as roupas de luxo, as contas de cristal e muranos, não são as paramentas reluzentes. Embora mereçam, sim o nosso melhor, a nossa maior dedicação, nada é rico ou luxuoso demais para homenageá-los. Mas lembremos sempre em nossos corações. Orisà é natureza, é folha, água, vento, fogo, terra, é a vida nas suas formas mais simples e puras. É a palha mariô, o pano branco de algodão, a quartinha de barro, o coração puro e a mente em paz.

Que os Orisàs sejam sempre louvados e amados de nosso mais profundo sentimento. Pois quando praticarmos o louvar do Orisà desta forma, estaremos verdadeiramente mais perto dos Orisàs divinos, puros e não dos humanizados cheios de defeitos, egos e vaidades construidos por histórias de homens e não por eles.


Asé Motumba Orisà!

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