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Linha do Oriente e a Atuação na Vida do Umbandista


Espíritos que se manifestam nessa Linha


Monges, mestres, rabinos, sábios e pessoas fortemente relacionadas ao que tange a espiritualidade. Espíritos que não se encaixavam nos arquétipos de origem africana, portuguesa e indígena, encontraram na Linha do Oriente uma forma de se manifestar e rememorar as práticas magistas vividas em outras existências.


A Linha do Oriente é muito ampla e tem o objetivo de trazer a cultura do povo oriental para dentro dos terreiros de Umbanda – que se consolida como uma religião multi-cultural – e desta forma trazer o olhar do orientalismo sob nós, homens ocidentais. Vamos encontrar nela monges tibetanos, japoneses, chineses, turcos, muçulmanos, hindus..



Qual o propósito?


Trazem consigo o estímulo ao desapego. Desapego ao padrão de vida imposto, a automatização, ao consumismo desenfreado e ainda, propõe à nós uma reflexão mais profunda sobre o nosso interior. Por isso, é conhecida como a linha que dá mais ênfase a questão da espiritualidade do ser, é como se eles nos dissessem “desliga o modo automático, perceba a vida e encontre dentro de você o sentido de toda essa realidade”.


Por esse motivo é que evoca o arquétipo dos espíritos das religiões orientais, trazendo esse perfil de libertação dos modos de vida costumeiros, de renúncia a hábitos que fazem parte disso e ainda, a de percepção da realidade em um contexto fora do que nos é determinado.


Mãe Lurdes de Campos Vieira pontua em sua obra “Os Guias Espirituais da Umbanda e seus Atendimentos” sobre essa linha, dizendo que ela tem enviado para a Corrente Astral de Umbanda uma quantidade imensa de guias espirituais de graus elevadíssimos, cuja missão é a de humanizar os corações endurecidos e fecundar a fé e os valores espirituais, morais e éticos no mental humano.


Eles estimulam no médium e nos consulentes o caminho da ascenção espiritual, por meio dos estudos, da meditação, da ciência, do conhecimento das leis divinas, do amor, da verdade, da arte e do belo, fazendo-os eliminarem das suas vidas tudo o que é pernicioso.


Por isso, essa linha também evoca a questão de não esperar que a ajuda venha de fora, mas sim de encontrar dentro de você as reflexões e as decisões que precisam ser tomadas “implantar em você uma força, uma inspiração, uma vontade de encontrar-se no seu íntimo, de despertar sua luz interior.. você é Deus, você é co-criador do universo e criador da sua realidade” explica Pai Rodrigo.


Nisso o sacerdote insere que nas comunicações com os espíritos da Linha do Oriente temos a oportunidade de entender sobre o “ampliar de nossa consciência” ou o desenvolvimento da autoconsciência, que proporciona ao indivíduo a autonomia sobre sua trajetória, sobre o que precisa ser melhorado em si em suas relações com o outro.


Isso não tem a ver com viver sem rumo, sem causa ou não se orientar por nenhum segmento, mas sim com deixar de esperar do outro ou de criar expectativas em tudo o que nos permeia. “A frustração é a dor diante a uma expectativa não atendida, mas que você construiu, porque você colocou para si que, só quando aquilo se concretizar vindo do externo (ou de outra pessoa), vai ser bom pra você no interno. Só que antes de você esperar do outro, faça você” encerra Pai Rodrigo Queiroz explicando sobre a atuação efetiva em nossas vidas, da regência dessa linha.


Desde os primórdios..


Enfim, mesmo vista (ou pelo menos explicada) com menos frequência, a Linha do Oriente está presente desde do surgimento da Umbanda, quando suas falanges já se manifestavam nas giras como “pequenos fragmentos de tradições esotéricas, da ciência dos magos, dos oráculos e dos mistérios religiosos antigos”. Mãe Lurdes explica em seu livro que essa linha abrigou as diversas entidades que não se encaixavam nas matrizes indígenas, portuguesa e africana, formadoras do povo brasileiro, mas que mesmo assim preservavam conhecimentos milenares, se afinizavam com os conceitos religiosos e tiveram a preparação necessária para atuar como guias luminosos nessas egrégoras.


“Que você encontre o ser divino que habita em você, pois isso é o que você é, mas que você ofereça isso ao mundo, ofereça isso aos seus, ao seu meio e que seja feliz mais integrado com você, mais integrado com a natureza, com o universo, com Deus, com os Orixás, então, eu reverencio você que é o Deus que habita esse corpo. Namastê!”


Fonte: umbandaead.blog.br

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