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Cambone


Cambone é uma atividade exercida nos terreiros de Umbanda e que merece uma atenção especial, dada a sua importância como auxiliar das entidades, dos médiuns e dos dirigentes do Terreiro.


O termo “cambono” ou “cambone” tem origem banto, “Kambono” – São as pessoas que não entram em transe mediúnico, exercendo diversas atividades e responsabilidades dentro de um ritual sagrado.


Como auxiliar das entidades, cabe ao cambono ser o interprete da mensagem entre a entidade e o consulente, além de um defensor da entidade e da integridade física do médium. Cabe a ele cuidar do material da entidade, orientar o que acontece em sua volta e também ajudar o entendimento do consulente, pois a linguagem do espírito nem sempre é entendida, mas ao cambono fica claro já pela sua intimidade com o comportamento do espírito que ele serve.


Ao contrário do que muitos pensam, os cambonos são tão importantes quanto os médiuns de trabalho, pois são eles que ajudam a garantir segurança, firmeza e proteção para o grupo, e para o trabalho; enquanto os outros, juntamente com os seus Guias Espirituais, desenvolvem o trabalho assistencial.


A posição do cambone nem sempre é confortável, pois algumas vezes cabe a ele fiscalizar também o comportamento da entidade que, se por uma razão ou outra fugir da normalidade, deve imediatamente avisar a direção do terreiro. O limite da intimidade do consulente com o espírito ou o médium deve ser fiscalizado pelo cambone para evitar mal entendidos e desajustes de informações. Finalmente ao cambone é dada uma oportunidade especial de conhecer mais a Umbanda e a forma das entidades trabalharem porque seu contato é direto. Como o cambone tem como obrigação ouvir o que o espírito ouve e fala, seu conhecimento, em cada consulta, aumenta consideravelmente.


Cambonar, não atrapalha o desenvolvimento do médium. A experiência como cambono lhe é importantíssima no aprendizado.


Os cambonos também são doadores de fluidos que são utilizados para sustentação e harmonização do ambiente. Ter firmeza mental e emocional – evitar desequilíbrios emocionais, pensamentos que não correspondem ao trabalho em questão, e que possam vir a comprometer a sua própria segurança, do médium ou do grupo em si. Evitar distrair-se com brincadeiras, ou assuntos paralelos, pois a fraqueza de pensamento é a principal porta de entrada para os espíritos negativos, mal-estar, etc.


Não é tão fácil ser um cambono. É preciso ter interesse em servir e aprender sobre os Orixás, os Guias Espirituais, o Templo e, principalmente, sobre a conduta que deve adotar para, depois, se for o caso, ser um bom médium de incorporação e alcançar a evolução espiritual.


Fonte: Núcleo de Estudos Espirituais Mata Verde; Terreiro Pai Maneco - Adaptação Contos de Logunce

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