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Iniciação - Crônica de um Despertar


O véu de Ísis* se ergueu...

E o iniciado se viu diante da Luz da Verdade.

O seu ego capitulou e teve fim a escuridão que o rondava há tanto tempo.

Sob o olhar da Deusa, ele se ajoelhou e chorou...

Porque o Amor derreteu o seu coração.

Ele agora sabia que era uno com a Luz!

Ali, diante da Madrinha dos Iniciados, ele estava nu, em Espírito e Verdade.

Então, uma linda coluna de Luz desceu sobre ele e o brilho das estrelas inundou suas células... Agora, ele sabia que era centelha vital do Todo.

Na borda por entre os planos, ele viu o imenso plano de evolução da humanidade...

E soube que havia se tornado um servidor do Alto.

Ele era da Luz... e nada poderia separá-lo d’Ela.

Ah, ele chorou, sim!

Porque todo iniciado chora a dor do mundo e verte lágrimas luminosas.

Diante da Mãe Ísis, as escamas do seu antigo eu se desprenderam...

Ele viu um novo Céu e uma nova Terra. E isso era em seu próprio coração.

Então, ele orou, em Espírito e Verdade!

Nesse dia, parte dele morreu na Luz...

Outra parte sua surgiu, renascida, na mesma Luz. E ele nunca mais foi o mesmo...

Agora ele sabia que era da Luz.

E que a sua missão seria “fazer o Bem sem olhar a quem!”

Na borda por entre os planos, ele viu o Amor mais lindo de todos. E se encantou...

Chorou o choro de renascimento dos iniciados.

Agora ele sabia da verdade essencial, que o Todo** está em tudo!

E que ele e a Luz sempre foram um só!

Ali, no átrio da câmara secreta da iniciação, a Mãe Ísis o abraçou como filho da Luz... e, enfim, ele despertou.


P.S.:

Face a face com o invisível, todo homem chora.

Diante do olho onipresente do Todo, não há sombras.

O iniciado espiritual sabe disso. A dor o ensinou, por muitas vezes.

Quando o seu ego era grande, tempestades corretivas o açoitaram.

Maat***, com grande generosidade, curvou seus joelhos no sal e no sangue.

Ele chorou nas areias quentes de si mesmo, sem que os deuses o ouvissem.

No cadinho da experiência, sua arrogância foi solvida no fogo do espírito.

E, na grande hora de sua ascese, a Mãe Ísis o guiou pelos túneis escuros.

Ela trouxe acesa a tocha do Amor e sorriu para ele, enchendo-o de graça.

Depois, na presença dos hierofantes****, ele aprendeu a servir a Luz.

Ali, ele abriu seu coração e chorou, mais uma vez, renascido em si mesmo.

Mas, suas lágrimas eram libertárias. Eram lágrimas de agradecimento.

Sim, todo homem chora diante do olho da verdade. E seu orgulho se cala!

Em muitos voos para fora de seu corpo*****, ele viu verdades e foi testado.

Enquanto seu corpo repousava, em espírito ele era iniciado nos templos sutis.

Ele viu muitas sombras, dentro e fora de si mesmo. Mas trabalhou firme!

Em silêncio, ele orava e se fiava na Luz. Ele se lembrava da graça de Ísis.

Só de pensar na Grande Mãe, o seu coração se enternecia. Ela era o seu sol!

Ele aprendeu a seguir os ditames do Alto e seguiu em frente, pela Luz...

Às portas do infinito, em seu próprio coração, ele dissolveu-se num lindo Amor.

Ele não era mais seu, era da Luz! E em sua fronte brilhava uma estrela espiritual.

Admirado, ele agradeceu, mais uma vez, à Mãe Ísis, pelo presente brilhante.

Ele sabia que, por onde fosse, a estrela prânica****** o guiaria e protegeria.


- Wagner Borges – mestre de nada e discípulo de coisa alguma.


- Notas:

* Ísis - A Grande Mãe na cosmogonia egípcia antiga, esposa de Osíris e Mãe de Hórus. Era considerada a madrinha dos iniciados nos grandes arcanos espirituais.


Fonte: http://www.ippb.org.br

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